O candidato à prefeitura do Rio pelo PSOL, Marcelo Freixo, disse nesta terça-feira, 4, que o apoio do PT é “bem-vindo”, mas demonstrou não querer a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua campanha. Lula não dividirá o palanque com Freixo nem aparecerá em seu horário eleitoral. Nesta segunda-feira, 3, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu em encontro com Lula o apoio irrestrito à candidatura de Freixo e de Edmilson Rodrigues, em Belém.
“O debate é municipal. A nacionalização do debate aconteceu, o PMDB foi derrotado. Isso é importante. A derrota do PMDB tem relações com o debate nacional. Agora é hora de aprofundar o debate na cidade, as diferenças da concepção de cidade. Agora é hora de um debate sobre o programa”, afirmou o candidato, ao negar a participação efetiva do ex-presidente na campanha.
No primeiro turno, a candidata do PCdoB, Jandira Feghali, fez defesa enfática da presidente Dilma Rousseff, e levou o tema do impeachment para o programa de tevê. Dilma chegou a vir ao Rio fazer campanha com Jandira. A candidata terminou em sétimo lugar, com apenas 3,34% dos votos.
“Qualquer apoio no segundo turno é bem-vindo. A Jandira já apoiou, já falei com (Alessandro) Molon (ex-candidato da Rede a prefeito). O PV tem reunião essa semana, Rede tem reunião amanhã. Vamos formar um grande leque progressista de apoio ao nosso programa. Segundo turno é veto ou é voto. Não é aliança. Ou você vota ou veta”, afirmou Freixo. Ele ressaltou que o apoio não pressupõe troca de cargos.
Nesta quarta-feira, 5, um grupo de dissidentes da Rede anuncia o apoio a Freixo. Entre eles, estão o antropólogo Luiz Eduardo Soares e o sociólogo Liszt Vieira, fundadores do partido. O senador Randolfe Rodrigues (AP) e o vereador Jefferson Moura, ambos da Rede, participam do encontro. “Eles vão me apoiar. A gente quer um grande campo progressista”, afirmou.