O ex-ministro da Cultura e presidente nacional do PPS, Roberto Freire, divulgou um vídeo em suas redes sociais em que reitera que o partido não rompeu com o governo de Michel Temer e continua apoiando as reformas trabalhista e da Previdência. O político, que teve sua exoneração assinada no Diário Oficial nesta terça-feira, deixou o ministério na semana passada, após a divulgação dos áudios que revelaram conversas de Temer com o empresário Joesley Batista, da JBS. “Independente de todos os governos, nós votamos a favor das reformas que apresentarem avanço e garantam um melhor desempenho do próprio governo e da nossa economia”, afirmou.

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O ex-ministro enfatizou que a crise dos últimos dias trouxe uma divergência do partido com a condução do processo e portanto com a presidência da República, no caso Michel Temer, mas seu afastamento não representa uma ruptura do com o governo. Ele destacou ainda que a legenda admitiu a presença e a continuidade do ministro da Defesa, Raul Jungmann, “em função de ser uma área sensível”.

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Ele também afirmou que o partido foi uma força significativa no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que sua decisão de deixar o Ministério da Cultura não significa que o partido se alinhará com os que hoje fazem oposição a Michel Temer. “Isso não nos iguala àquelas forças que foram derrotadas pelo impeachment e que hoje se encontram na oposição ao governo de transição”.

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Freire foi o primeiro ministro a entregar o cargo depois da crise aberta na semana passada e até agora o único. O ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, vem sendo pressionado a seguir o mesmo caminho por seu partido, o PSB, que rompeu de imediato com o governo, mas ainda resiste em sair.