Fraude teria desviado R$ 50 mi de cofres públicos no AM

Pelo menos R$ 50 milhões foram desviados dos cofres do governo do Amazonas numa suposta fraude com emissão de notas fiscais frias por empresas de publicidade em serviços superfaturados ou não realizados para a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). De acordo com o delegado local da Polícia Federal (PF) Domingos Sávio Pinzon Rodrigues, o esquema funcionava desde 2003.

“Só em três notas de serviços de produção de vídeo supostamente não realizados apreendidas nas diligências hoje foram mais de R$ 1,5 milhão em serviços não realizados”, disse o delegado. Segundo Rodrigues, há indícios de crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e fraudes em licitações no governo amazonense. Um dos supostos esquemas envolveria serviços de vídeo superfaturados ou não realizados ao governo do Amazonas pelas empresas de publicidade Sol Comunicação e Jobast Produções Cinematográficas, com intermédio da Fundação Muraki.

“No endereço das notas fiscais emitidas pela Sol não há uma empresa e sim uma residência”, contou o delegado. “A empresa também não tem nenhum funcionário contratado, só conta com o proprietário, Afonso Luciano Gomes Amâncio”. Ainda segundo o delegado, Amâncio, que tem casas em Manaus e Brasília, teria agredido um jornalista que estava acompanhando hoje a diligência da PF em Brasília.

A reportagem tentou falar com Amâncio e com um dos sócios da Jobast, Jorge Bastos, mas não retornaram os telefonemas. Também foi tentado contato com a Fundação Muraki, mas a reportagem não obteve resposta. Em contato com a assessoria de imprensa da UEA, informaram que a Secretaria de Comunicação do governo do Estado é que enviaria as informações sobre os supostos contratos com as agências de publicidade por meio de nota oficial.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna