Favorita do governo no processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a francesa Dassault reagiu ontem aos recentes ataques das concorrentes – a norte-americana Boeing e a sueca Saab – ao preço dos jatos Rafale. Amarrada pelo sigilo sobre sua oferta, a companhia não dá indicações sobre o valor que propôs ao Brasil. Mas diante dos ataques quebrou o silêncio e agora afirma que dados divulgados e as comparações feitas pelas suas adversárias não fariam sentido.

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As desvantagens do preço e do custo da hora de voo do Rafale teriam sido apontados no relatório da FAB de setembro de 2009. O mesmo relatório colocou o caça francês no terceiro e último lugar da concorrência e deu munição à Boeing, fabricante do F-18, e à Saab, do Gripen. A assessoria de imprensa da Dassault reiterou o compromisso do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de que o preço de venda do caça Rafale ao Brasil será compatível ao de entrega à Força Aérea da França.

No último dia 7, um novo relatório foi entregue pelo Comando da Aeronáutica ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. Seu conteúdo é mantido sob sigilo. Concentrado na tragédia do Haiti, Jobim ainda não apresentou sua conclusão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará a decisão final sobre a compra dos caças. Entretanto, colaboradores do presidente asseguram que a escolha já foi tomada: será o Rafale, por se encaixar em um projeto maior de defesa do governo, que envolve uma parceria estratégica com a França.

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