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França visita a mãe, faz campanha e diz que tem cacife eleitoral maior

Na véspera da votação em segundo turno, o candidato do PSB ao governo paulista, Márcio Franca, visitou a família, em São Vicente, litoral sul do Estado de São Paulo. “Vim matar a saudade, essa é a minha terra, tenho muito sentimento por esse lugar”, disse, na chegada ao prédio da Av. Padre Manoel da Nóbrega, na orla, onde mora sua mãe, dona Mirtes. “Minha mãe tem 85 anos, é descendente de índio e muito valente, e ela me ensinou um pouco dessa valentia”, disse.

Ao avaliar sua campanha, afirmou que ela foi modesta, mas com resultados. “Fizemos uma campanha com menos recursos, mas estou contente. Já disputei eleições em que ganhei eleitoralmente e perdi politicamente porque estava do lado errado. Agora, sei que estou do lado certo. O lado arrogante, petulante certamente não foi o nosso. Não criei inimizades.”

França disse que também sai da disputa com maior cacife eleitoral, independente do resultado. “Em minhas eleições anteriores, nunca tive tanto voto. Minha vida era aqui, no litoral, onde sou conhecido. A partir de agora sou conhecido em todo o Estado.”

Ainda combalido por uma pneumonia que afetou os dois pulmões nos últimos dias de campanha, ele disse que está tomando antibióticos. Depois de falar com a imprensa e rever a mãe, o candidato seguiu para a Praça Tom Jobim, na Biquinha, onde um grupo de apoiadores o esperava. França subiu na caçamba de uma caminhoneta e falou em vitória.

Acompanhado pelos familiares, ele seguiu para a histórica Igreja Matriz de São Vicente, construída em 1757, e subiu as escadas carregando a netinha Laura. Recebido pelo padre Renan, ele rezou ao lado da mãe, da mulher, Lúcia, dos filhos e do neto, Enzo.

No trajeto, França cumprimentou simpatizantes e foi abraçado pela fã Eulália Pereira, de 64 anos. “Foi o melhor prefeito que São Vicente já teve. São Paulo precisa dele.” Uma mulher cumprimentada pelo candidato pediu desculpa e disse que não votava nele. “Você pode votar em quem quiser e eu respeito”, respondeu França. Depois da mini-maratona, o candidato retornou para São Paulo, pois vota em um colégio do Itaim-Bibi.

Aos jornalistas, o candidato do PSB reconheceu que a campanha no segundo turno teve muitos ataques, embora ele tivesse procurado apresentar propostas. “Na média, 90% do tempo o Doria ficou falando mal de mim. Eu disse que isso não ia dar certo e essa agressividade desnecessária cobrou um preço, até porque era mentira e ele perdeu várias ações por isso.”

França disse que, apesar de ter participado do último debate, na Globo, com 38.5 graus de febre, teve avaliação mais positiva que o oponente. “Todos os grupos que a gente avaliou nos deu grande vantagem. Espero que o resultado da eleição mostre isso. Ele estava desproporcionalmente nervoso, ficava consultando um livro. Eu disse que ele não tinha se preparado para ser candidato a governador.”

O candidato agradeceu o apoio “importante” recebido do candidato do MDB, Paulo Skaf. “A vinda do Skaf trouxe o que havia de melhor com ele, inclusive gente de outros partidos, até do PSDB.”

França comentou ter conversado com Skaf, neste sábado, depois que a imprensa noticiou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga uma agência que teria disparado fake news contra o emedebista e a favor de Doria, no primeiro turno. “É o João Doria sendo João Doria. Vi ele falando que foi a campanha mais suja que ele já viu, mas quem sujou foi ele. No caso do Paulo Skaf, eu lamento. Ele (Doria) fez isso também com a minha família. Ele não tem limite. Talvez por esse espírito de empresário, o devastador, a fera dos negócios, mas na política são pessoas”, disse.

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