A companhia francesa Dassault preferiu manter seu compromisso de não mencionar publicamente o valor de sua oferta de venda ao governo brasileiro. Desde a divulgação da preferência da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo caça Gripen, da sueca Saab, e da versão de que sua proposta ao Brasil seria quase o dobro da cifra apresentada à Índia, a empresa mantém uma discrição que colide com os lobbies reforçados por suas concorrentes.
Hoje, o principal acionista da companhia, Serge Dassault, desconversou ao ser abordado sobre o tema pela Radio Classique, da França. Afirmou que “toda esperança é permitida neste momento”, mas que o governo brasileiro ainda não fez sua escolha final.
Em janeiro passado, a Dassault reiterou que será cumprido o compromisso do presidente da França, Nicolas Sarkozy, de que o preço de venda do Rafale ao Brasil será equivalente ao de entrega à Força Aérea Francesa. Também contestou a versão segundo a qual sua oferta de preço para a concorrência aberta pela Força Aérea Indiana seria quase a metade da apresentada ao Brasil. Na ocasião, a companhia argumentou que não há ainda definição oficial do valor total do contrato com a FAB e que essa conta difere de país a país, de acordo com a dimensão do estoque de peças de reposição e o período do apoio logístico requeridos.