As articulações do ex-prefeito João Doria (PSDB) e do governador Márcio França (PSB) na reta final do segundo turno da disputa pelo governo de São Paulo causaram rachas no PSL de Jair Bolsonaro e no PP, um dos principais partidos do Centrão.

continua após a publicidade

Integrante da coligação de Doria, o PP enfrenta crise interna decorrente do apoio de parte da sigla à candidatura de Márcio França.

continua após a publicidade

Reeleito com 118.684 votos, o deputado federal Fausto Pinato (PP) organizou, na quarta-feira passada, dia 24, em Fernandópolis, um evento de apoio a França com 50 prefeitos do noroeste do Estado. Parte era filiada ao PP.

continua após a publicidade

O movimento, segundo Pinato, teria o aval do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Presidente do diretório paulista do partido, o deputado federal Guilherme Mussi nega que Nogueira tenha interferido no processo e ameaça impor sanções ao dissidente. Procurado nesta sexta, Nogueira não quis se manifestar.

Em nota oficial, Mussi afirmou que não houve liberação. “Quaisquer manifestações contrárias da sua bancada nas esferas federal, estadual ou municipal estão em desacordo com as orientações deste diretório e sofrerão sanções previstas no estatuto do partido”, diz o comunicado.

Em mais uma tentativa de “colar” sua imagem na do presidenciável Jair Bolsonaro, Doria convocou nesta sexta-feira, 26, a imprensa para anunciar o apoio de um grupo de lideranças do PSL a sua candidatura.

Entre os novos apoiadores estão os deputados eleitos pelo PSL General Peternelli, Capitão Castello Branco, Joice Hasselmann e Frederico D’ Ávila, além do senador Magno Malta (PR-ES). Em outra frente, o senador eleito Major Olímpio, presidente do PSL-SP, tem feito campanha contra Doria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.