O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou, afirmou que, por decisão do presidente em exercício Michel Temer, a foto da presidente afastada Dilma Rousseff será preservada em todos os estabelecimentos federais. “Em nenhum recinto da administração pública federal onde hoje existe hoje a fotografia de Dilma haverá modificação”, disse, na coletiva de imprensa após a primeira reunião ministerial da nova gestão.
Segundo Padilha, a decisão é explicada pois o governo Temer “é transitório”. “É muito importante que isso fique registrado”, disse. O Senado terá até 180 dias para julgar o impeachment de Dilma.
“Ele (Temer) pediu a maior descrição possível e proibiu que a foto da presidente fosse retirada e substituída”, afirmou à reportagem o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani. “Entre as orientações que ele deu está a que respeitássemos essa questão institucional e não retirássemos as fotos”, ressaltou o ministro de Integração, Helder Barbalho.
Comunicação
No encontro, segundo relatos, Temer também considerou que os ministros terão autonomia para atuar e falar sobre as respectivas pastas, mas não poderão fazer comentários sobre áreas que não são de sua competência.
“Ele (Temer) fez questão de ressaltar a forma de governar dele, descentralizando para os ministros, mas, ao mesmo tempo, junto com a liberdade, a responsabilidade de seus atos”, afirmou Barbalho. “Ele não teria qualquer tipo de constrangimento, em função de dar a liberdade, de, se houver falhas, pedir, com muita gentileza, que entreguem o cargo”, afirmou Barbalho.
Entre as demandas feitas por Temer aos ministros está a apresentação, nos próximos dias, de um levantamento dos programas em andamento, da situação administrativa de cada pasta.
Padilha afirmou que o presidente Michel Temer pediu ainda que todos os ministros utilizem 75% dos cargos comissionados previstos. A previsão, segundo o ministro do Planejamento, Romero Jucá, é cortar 4 mil cargos em comissão até o final deste ano.
Base
No encontro, Temer e os ministros da área econômica ressaltaram também a necessidade de uma interlocução com integrantes da nova base aliada do governo no Congresso para a votação do projeto que prevê a revisão da meta fiscal de 2016. O prazo de discussão da proposta se encerra no próximo dia 22.
“O presidente falou que já havia conversado com presidente do Congresso, Renan Calheiros, e que era importante votar a revisão da meta nos próximos dias”, disse Picciani. “Eles nos pediu para atuarmos de forma propositiva, não apenas nessa questão do superávit primário, mas também em todas que deverão ser enfrentadas no Congresso”, acrescentou.
Preocupado com a repercussão negativa de não ter nomeado para o primeiro escalão nenhuma mulher, o presidente interino também ressaltou no encontro que pretende valorizar a presença do sexo feminino nas secretarias nacionais do governo.