Envolvido em recente polêmica com o Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador da República Diogo Castor de Mattos solicitou seu desligamento dos trabalhos da força-tarefa Lava Jato em Curitiba, anunciou o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná. Em nota, o órgão agradeceu ao procurador “pelos cinco anos em que se dedicou, com excepcional esforço, às investigações da Lava Jato”. O comunicado da força-tarefa não informa os motivos da saída.

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Em março, durante julgamento em que o STF decidiu que cabe à Justiça Eleitoral processar crimes como corrupção quando há ligação com delito eleitoral, o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, anunciou que faria uma representação contra Castor por suposto “ataque à justiça eleitoral”. Toffoli se posicionou após o advogado Ricardo Pieri Nunes fazer uma leitura de um artigo de Diogo Castor publicado em um site há alguns dias antes do julgamento. O artigo falava que a Segunda Turma do STF vem ensaiando “novo golpe à Lava Jato”.

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“Se os ataques que foram colocados na tribuna (procedem), vou checar, farei e anuncio uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e à corregedoria do Ministério Público Federal em razão desses ataques do procurador à justiça eleitoral. Não é admissível este tipo de ilação”, disse Toffoli à época.

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Um dia depois, na mesma data em que a Corte concluiu o julgamento sobre a competência da Justiça Eleitoral, Toffoli anunciou a abertura de um inquérito criminal para apurar ameaças, ataques e notícias falsas contra ministros do STF. Com relatoria do ministro Alexandre de Moraes, a apuração já teve uma operação de busca e apreensão em endereços de São Paulo e Alagoas.

Na nota em que o MPF anuncia o desligamento de Castor, a força-tarefa Lava Jato em Curitiba informa que já recebeu os reforços da procuradora da República Juliana de Azevedo Santa Rosa Câmara, titular de ofício especializado no Combate à Corrupção na Procuradoria da República no Município em Volta Redonda (RJ), e do procurador da República Alexandre Jabur, integrante do Núcleo de Combate à Corrupção na Procuradoria da República no Amazonas (AM).