O procurador-geral da União, Jefferson Guedes, anunciou ontem a criação de força-tarefa para propor ações civis públicas de combate à corrupção e à improbidade administrativa.
O trabalho envolve 26 advogados da União, sob coordenação de Cláudio Cezar Fim. A força-tarefa adotará medidas judiciais em todo o território nacional. São 1.174 casos de irregularidades, identificados em vários municípios dos 26 estados brasileiros.
A previsão é de que pelo menos 500 ações sejam ajuizadas no início de dezembro, possivelmente no dia 9, quando será comemorado o Dia Internacional de Combate à Corrupção.
De acordo com o diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade Administrativa da PGU, André Mendonça, o trabalho resultará na maior ação coordenada de combate à corrupção da história da Advocacia-Geral da União (AGU).
“Não serão propostas prisões de pessoas”, antecipou André Mendonça. “Apenas será pedida a suspensão dos direitos políticos dos envolvidos, além da apreensão de bens e o ressarcimento dos valores desviados dos cofres públicos”, adiantou.
Para o procurador-geral da União, Jefferson Guedes, a expectativa é de que a medida represente uma vitória da sociedade: “Sob o aspecto da moralidade, o que se visa é a recuperação do patrimônio público desviado, enquanto que, no âmbito interno, medidas emergenciais com o aproveitamento de advogados de todo o País permitem a otimização de esforços, pela concentração de atividades em períodos de escassez de meios e de pessoas”.
