O procurador-geral da República, Claudio Fonteles, afirmou ontem sua total confiança no trabalho de investigação realizado pelos procuradores da República do Paraná no caso Banestado. “Os resultados demonstram a seriedade do trabalho feito”, disse. O Ministério Público Federal no Paraná, através da Força-Tarefa instaurada na sede da Procuradoria da República no Paraná, já denunciou 194 pessoas por envolvimento em crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (especialmente evasão de divisas e gestão fraudulenta). Até agora, 11 pessoas já tiveram prisão decretada e cerca de 30 já tiveram seus bens seqüestrados. “A cautela dos procuradores no recolhimento de provas é necessária”.

Fonteles destacou ainda a parceria inédita que vem sendo feita entre os parlamentares da CPI do Banestado, Ministério Público Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério da Justiça. Em reuniões periódicas, iniciadas em julho, as estratégias de trabalho vêm sendo discutidas e afinadas. Entre elas está a regularização de documentos já recebidos informalmente em etapas anteriores da investigação e que poderiam ter sua validade contestada nos tribunais, pela defesa dos acusados.

O procurador-geral rechaçou as acusações publicadas pela revista IstoÉ desta semana sobre o trabalho do procurador da República Carlos Fernando Santos Lima, do Paraná, que atua no caso junto com os Procuradores da República Vladimir Aras, Januário Paludo, João Francisco Bezerra de Carvalho, João Vicente Beraldo Romão, Luciana Costa Pinto e Suzete Bragagnolo, em uma segunda Força-Tarefa que apura as irregularidades em contas abertas no exterior. Lima e Aras viajaram aos Estados Unidos na semana passada e têm a volta prevista para o final desta semana.

Empenho

A procuradora-chefe substituta na Procuradoria da República no Paraná, Renita Cunha Kravetz afirma que Carlos Fernando dos Santos Lima foi um dos Procuradores da República mais empenhados em apurar as questões que envolvem a evasão de divisas para o exterior. “A dedicação e o trabalho, muito competente e discreto desenvolvido por Carlos Fernando, resultou em um expressivo número de denúncias contra o Banestado”, afirma.

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