Fogaça promete investir na segurança comunitária

Na busca pela reeleição, José Fogaça (PMDB) aposta na experiência como prefeito, ex-senador por dois mandatos, ex-deputado federal e estadual para continuar por mais quatro anos na administração de Porto Alegre. Ele acredita que sua atual gestão lhe credencia para continuar no cargo.

Fogaça prometeu ampliar o programa Cidade Escola, as equipes do Saúde da Família, investir em um conjunto de intervenções viárias para melhorar o trânsito de Porto Alegre e dar atenção à segurança comunitária, como forma de combater a violência.

Na educação, Fogaça contestou a queda na qualidade de ensino dos alunos porto-alegrenses apontada pela nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que foi de 3,3 na capital.

“É preciso esclarecer que a avaliação só existe a partir de 2005. Nos anos anteriores ao nosso governo, Porto Alegre nunca se submeteu a exames, nunca quis se submeter a esse tipo de avaliação. A partir de 2005, contando com 2007, houve uma considerável melhoria, uma considerável evolução. Dentro do que o Ministério da Educação havia previsto para 2005 a 2007, já atingimos os índices de 2009”.

Ele prometeu também implantar tempo integral em toda a ede municipal de ensino com o programa Cidade Escola. “O programa Cidade Escola está dando certo. As crianças permanecem na escola no contra-turno, recebendo educação esportiva, cultural, científica, aportes na formação técnica. Estamos investindo maciçamente para que a educação integral possa ser ampliada para todas as escolas da rede municipal”, disse Fogaça, acrescentando que 11 escolas já adotam o modelo.

Na saúde, o peemedebista pretende dar continuidade ao trabalho que vem desenvolvendo na atual administração. Segundo ele, havia 34 equipes do programa Saúde da Família e hoje são 90. “Nosso projeto é expandir ainda mais para chegarmos, nos próximos quatro anos, a 200 equipes do programa Saúde da Família em Porto Alegre”.

Ele afirmou ainda que vai modernizar todo o sistema de saúde, implementando o telemedicina. “As mulheres podem fazer ecografia em um posto de saúde a 30 quilômetros do centro. Atualmente, são atendidas 140 por dia. O sistema telemedicina está acelerando, melhorando a qualidade dos serviços de saúde, principalmente, às gestantes na cidade”, disse.

“Todo o conjunto estratégico de ações na área da saúde vai ser totalmente informatizado. A fase de adaptação dos softwares já está sendo desenvolvida”, completou.

Na segurança pública, Fogaça admite que a administração municipal é impedida legal e judicialmente de atuar. Entretanto, ele garante que vai atuar na segurança dos parques municipais e estimular a segurança comunitária. “Sofri sérias restrições por iniciativa do Ministério Público e do Poder Judiciário, mas isso não nos impediu de criar o programa Vizinhança Segura, que é o patrulhamento dos parques. Enquanto nossos guardas circulam por essas áreas e no entorno delas, estão produzindo um efeito de segurança”.

Outra estratégia é a ampliação dos comitês locais de segurança e de fóruns de Justiça. “Se um vizinho não conhece o outro, ambos estão mais vulneráveis. São ações paralelas de cooperação com o governo estadual, como o gabinete integrado da gestão de segurança pública, que trabalha conjuntamente com a Secretaria de Segurança Pública”.

Em relação ao transporte público, o programa de governo do candidato se divide em dois vetores: investimento na melhoria das condições viárias e no transporte público. “Primeiro, a construção do metrô, que custa R$ 2,5 bilhões, e que só poderá ser feito quando o governo federal decidir transferir os recursos. Em segundo lugar, estamos preparando o programa Portais da Cidade, que cria um sistema rápido de transporte, tirando muitos ônibus do centro, que saem com poucos passageiros”, argumentou Fogaça.

Segundo ele, o programa consistirá na criação de uma linha circular no centro, “extremamente rápida”, com intervalo de um minuto entre cada ônibus, que permitirá o equilíbrio do transporte público na capital. Além disso, ele prometeu a construção de 450 quilômetros de ciclovias por toda a cidade.

José Fogaça prometeu ainda transformar Porto Alegre em um canteiro de obras viárias com a construção de viadutos, túneis e outras pequenas intervenções. “O viaduto da Avenida Bento Gonçalves com a Terceira Perimetral deverá custar em torno de R$ 15 milhões”.

Segundo Fogaça, a habitação social continuará sendo prioridade em uma nova gestão. De acordo com ele, nos últimos quatro anos, a capital gaúcha ganhou cerca de 10 mil casas populares. Ele promete manter esse mesmo “ritmo de construções”.

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