O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) reforçou afirmações do pai, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, dizendo que a cúpula do governo vai trabalhar de forma compartilhada. “Não temos problema de vaidade entre nós, todos podem ajudar. E quem dá a palavra final é o presidente da república”, frisou.
Flávio afirmou que o governo Bolsonaro vai marcar uma nova forma de fazer política. “Quem não entender que a forma atual de fazer política está falida vai ficar para trás. Todos têm que entender que estamos no Parlamento para fazer política e não negócio.”
O senador elogiou a escolha do general Santos Cruz para a Secretaria de Governo e disse que ele será um bom articulador com o Congresso. O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, “poderá ajudar com sua experiência”. “Onyx é uma das pessoas mais fortes do governo, não tenho dúvidas.”
Líder do governo
Ele disse que não tem interesse em se tornar líder do governo no Senado em um primeiro momento, mas que naturalmente vai servir de “para-raio” para as demandas dos parlamentares por ser filho do presidente. “Naturalmente por ser filho do presidente não serei um senador comum. Vou receber demandas junto ao líder do governo escolhido”, disse.
Sobre a disputa para a presidência da Casa, disse que é preciso ter a renovação que a população demonstrou que deseja nas urnas. Ele deixou claro que haverá respeito e diálogo com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), mas que ele “certamente” não terá o apoio do partido.
Flávio citou nomes como Davi Alcolumbre, Esperidião Amin, Álvaro Dias e Lasier Martins como bons candidatos para a presidência, mas ponderou que precisarão formar uma convergência para evitar que o “grupo” de Renan se fortaleça e assuma o comando do Senado. Sobre a possível candidatura de Tasso Jereissati, considera que seu partido, o PSDB, está desgastado.