A direção estadual do PT manifestou sua posição oficial sobre a postura do senador Flávio Arns, que ameaçou se desfiliar na quarta-feira passada, alegando que estava envergonhado de pertencer ao PT.

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Na nota, a direção estadual classificou de “injustas e desrespeitosas” as manifestações de Arns e deu como certa a saída do senador do partido, apontando que caberá a direção nacional decidir se irá requerer o mandato de Arns.

Na nota, a direção estadual defende o partido, afirmando que são trinta anos de história e que o PT “ajudou a consolidar a democracia e está ajudando a mudar o Brasil”. No boletim informativo que divulgou ontem, Arns disse que espera poder deixar o PT com o amparo da Justiça Eleitoral.

A tese do senador é que com o argumento que o PT se afastou dos seus princípios ele possa se resguardar dos efeitos da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que definiu a fidelidade partidária. Conforme a resolução, o mandato pertence ao partido e não ao eleito.

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O deputado federal André Vargas acha que a direção nacional deveria pedir de volta o mandato de Arns. Vargas lembrou que, diversas vezes, Arns juntou-se aos adversários do PT, começando pelo partido ao qual estava filiado, antes de ser eleito senador.

Arns esteve filiado ao PSDB entre 1990 e 2001. Neste período, cumpriu mandato de deputado federal e foi candidato a vice-prefeito de Curitiba, na chapa encabeçada pelo então deputado tucano Carlos Simões, em 1996.

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Vargas lembrou que, recentemente, Arns já dava sinais de reconciliação com os tucanos ao ser apontado pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) e o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, como uma das opções para substituir o senador José Sarney (PMDB) no cargo.