Flávio Arns deixa o PT. Mas não sabe quando

O senador Flávio Arns não sabe quando e nem para onde vai, mas está pronto para se desfiliar do PT. Como não é candidato nas eleições do próximo ano, não tem que se submeter a prazo para mudanças de partido, mas, coincidentemente, está anunciando sua intenção de sair do PT no momento em que vários políticos estão buscando novas siglas para concorrer em 2008. Arns, por sua vez, não tem pressa de decidir o seu futuro partidário.

O senador paranaense recebeu convites do PSDB, de onde saiu em 2001 para se filiar ao PT, do PDT e PSB. Ainda não escolheu a nova sigla. Mas assume que está insatisfeito com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo o senador, julga-se ?infalível?, e com o PT.

Para Arns, o partido mudou muito. ?Muito mais do que eu esperava. Na discussão de fidelidade partidária, a gente também precisa discutir a fidelidade do partido a seu programa, seu ideário. No meio dessa caminhada, muitos ideais mudaram?, atacou o senador paranaense, em entrevista à Agência Estado.

Arns reclama que o governo não dá atenção para a educação especial, uma das áreas onde atua, e que não abre espaços de diálogo para mudanças na sua política para o setor.

Sobre o PT, o senador disse que as indicações partidárias estão muito fortes e têm dificultado as relações do governo com a sociedade. ?Parece que o PT tem dificuldade em dialogar com a sociedade. E também em respeitar a instância parlamentar?, afirmou.

Arns também criticou a forma como o PT se conduziu na votação do processo de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB). ?Tenho três bandeiras na minha vida política. A primeira é a da ética. E no PT isso ficou arranhado com o episódio Renan. A gente pode até perder ou ganhar em algumas votações. Isso faz parte. Mas não se pode ficar contra tudo o que a sociedade deseja. E, nesse caso, o PT agiu errado?, atacou. 

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