FHC reclama e pede reação aos tucanos

Foto: Lucimar do Carmo/O Estado

Freire: questão ética.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que é preciso ?botar fogo no palheiro?, em mais uma referência à campanha do candidato tucano Geraldo Alckmin, que, em sua opinião, precisa partir para o ataque do adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ?O povo está indignado e é preciso despertar essa indignação. É fogo no palheiro?, disse. ?Precisamos mostrar nossa indignação. Vamos botar fogo no Brasil, no bom sentido, e mostrar que vamos liquidar essa diferença nas pesquisas.?

FHC disse que Lula foi eleito para avançar, mas recuou. ?Eu nunca imaginei que tivéssemos que voltar ao discurso do passado, da política de mãos limpas?, afirmou. ?Ele nos levou ao ponto mais baixo de nossa história.? Segundo o ex-presidente, quem imagina que numa campanha presidencial o povo não se importa com corrupção está equivocado. ?O que o Congresso Nacional fez é criminoso porque condenou o Brasil à indiferença. É preciso reagir a essa indiferença?, considerou.

?Muitas vezes me tolho, por já ter sido presidente, de dizer as palavras que precisam ser ditas, porque são diretas. Ladrão é na cadeia.? FHC recusou qualquer comparação com o presidente Lula. Ele disse que queria ter sido igual a Lula quando este era líder operário, mas que hoje o presidente mudou. ?Ele prega e faz agora tudo aquilo que combateu?, afirmou. ?Me dói ver agora o presidente dizer que somos todos iguais. Iguais, não. Eu não sou igual a ele?, disse bastante exaltado.

O presidente do PPS, senador Roberto Freire (PE), também engrossou o discurso de FHC. Ele disse que chegou a hora de o programa eleitoral de Alckmin ser mais ?afirmativo?, em relação às críticas ao governo e ao candidato à reeleição, presidente Lula da Silva. ?A apresentação do candidato foi feita e era necessária. Agora é a nova fase de proposições e críticas?, avaliou, durante almoço de adesão à candidatura de Alckmin, realizado no Jockey Club de São Paulo, que reuniu mais de 60 personalidades.

Segundo ele, a questão ética é a área mais frágil do governo e é nisso que a oposição deve investir. ?Uma coisa são deputados de um ou outro partido. Outra é o governo Lula, cuja cúpula, com ministros, dirigentes e até o presidente, estar envolvida (nos escândalos)?, afirmou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo