O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) disse “não” ao convite do governador Beto Richa (PSDB) para presidir a Sanepar. A proposta feita pelo tucano no início do ano fazia parte da estratégia para atrair o PMDB ao governo, já vislumbrando possível aliança para a tentativa de reeleição no ano que vem. Diante da negativa de Pessuti, Richa chamou Fernando Ghignone para reassumir a presidência da Sanepar e ele aceitou. O dirigente interino, Antônio Hallage, volta para a diretoria administrativa da empresa.Pessuti comunicou a decisão ao governador ontem, em encontro no Palácio Iguaçu. O ex-governador não detalhou as razões que o levaram a recusar o comando da companhia. Afirmou apenas que o cargo de presidente da Sanepar foi indicação de integrantes da bancada peemedebista na Assembleia Legislativa ao governador e que nunca reivindicou o cargo. Pessuti declarou que vai trabalhar na reorganização do PMDB para as eleições de 2014 e descartou assumir cargos no governo federal, como vinha sendo cogitado. EspaçoMesmo com o “não” de Pessuti, o PMDB, que hoje comanda a Secretaria do Trabalho (Luiz Cláudio Romanelli), deve ganhar mais espaço no governo tucano com a ida do deputado estadual Luiz Eduardo Cheida para a Secretaria do Meio Ambiente. A data da posse ainda não foi definida.Já Ghignone, indicado por Richa para ocupar a presidência da Copel no lugar de Lindolfo Zimmer, não havia sido nomeado. Depois de retirá-lo da presidência da Sanepar, Richa o convocou novamente para coordenar o projeto de investimentos de R$ 1,5 bilhão nos próximos dois anos.
