O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná pediu à Justiça Federal para incluir a ex-primeira-dama Fernanda Richa em uma denúncia apresentada em janeiro deste ano contra o ex-governador Beto Richa (PSDB) e um dos filhos do casal, André Richa. Além deles, o contador da família, Dirceu Pupo Ferreira, também figura entre os acusados pelo crime de lavagem de dinheiro.
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A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Integração, que investiga irregularidades em concessões de pedágio no Paraná. O MPF tem como foco, nesse caso, negociações imobiliárias feitas pela Ocaporã Administradora de Bens, empresa que tem Fernanda e André como sócios. Segundo as investigações, a empresa teria sido utilizada para adquirir imóveis com dinheiro obtido de forma ilícita.
Ainda de acordo com o MPF, a lavagem de dinheiro ocorria pelo “subfaturamento dos valores declarados no ato da compra e pelo pagamento oculto e não declarado de parcelas em espécie aos vendedores”.
Argumentos do MPF
À época da oferta da denúncia, porém, o MPF afirmou que não existiam indícios da participação de Fernanda Richa no caso. A reportagem confirmou a apresentação do pedido junto ao órgão, mas aguarda um retorno a respeito dos motivos que levaram o MPF a incluir Fernanda na denúncia.
Outra denúncia em que o ex-governador Beto Richa figura entre os acusados, pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa, foi aceita pela Justiça no início desta semana.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria da família Richa e aguarda um posicionamento. Em janeiro, a defesa de Fernanda e André encaminhou a seguinte nota:
“A Ocaporã é uma empresa patrimonial constituída em 2008 para gerir o patrimônio originário de herança do pai de Fernanda; este patrimônio não se confunde com o patrimônio de Carlos Alberto Richa. A sociedade tem como sócios apenas Fernanda e seus filhos. Seu marido, Carlos Alberto Richa, nunca foi sócio ou geriu, nem exerceu qualquer função na empresa. Dirceu Pupo Ferreira é um funcionário responsável pela gestão da empresa, com conhecimento e confiança de Fernanda. Todas as transações de imóveis ocorreram em razão de oportunidades comerciais reais e lícitas. A empresa jamais realizou qualquer operação com o intuito de ocultar ou dissimular valores.”
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