O técnico Felipão, do Guangzhou Evergrande, da China, vai esperar a campanha nas redes sociais que o Governo Federal promete lançar nos próximos dias o comparando com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para avaliar o conteúdo da peça e, caso veja que a sua imagem foi prejudicado, pretende processar a União. O treinador estuda também dar uma resposta pública à campanha.
“Se a campanha usar o nome do treinador, ou mesmo sua imagem, de forma pejorativa, ele responderá pública e judicialmente contra o governo Temer. Mas ele vai se manifestar somente depois do lançamento da campanha publicitária do governo. Não tem como fazer isso antes de a peça ir para o ar”, informou ao Estado a assessoria de comunicação do treinador brasileiro depois de entrar em contato com Felipão na China.
A informação de que o presidente Michel Temer (PMDB) prepara uma campanha publicitária mais agressiva nas redes sociais para atacar a gestão de sua antecessora e fazer um contraponto com a sua administração foi divulgada nesta quinta-feira pela Coluna do Estadão.
A campanha será inspirada na derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014 e destacará a reviravolta do time depois da mudança de treinador. Dilma será comparada a Felipão. Já Temer com Tite, atual técnico da seleção. As peças, inclusive, vão mostrar um ranking de 7 mil obras paradas que o governo Temer herdou depois do impeachment da petista, de acordo com a coluna.
Com Felipão, o Brasil perdeu na semifinal do Mundial de 2014 para a Alemanha, no Mineirão, e foi eliminado da competição em casa. Depois ainda perdeu para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Com Tite, o Brasil acumula 11 vitórias (sendo nove consecutivas) e dois empates nas Eliminatórias. Líder isolado da competição sul-americana, foi a primeira seleção do continente a garantir vaga na Copa da Rússia. Isso aconteceu em março, com quatro rodadas de antecedência.
Brasil e Alemanha vão se enfrentar no dia 27 de março de 2018, no Estádio Olímpico de Berlim. O amistoso será o primeiro jogo entre as duas seleções desde a Copa de 2014. Tite foi procurado pela reportagem do Estado, por meio de sua assessoria, mas as ligações não foram atendidas.