O empresário Fabio Feldmann lançou hoje sua candidatura ao governo de São Paulo pelo PV e espera contar com a simpatia dos jovens para driblar o seu baixo índice de conhecimento entre os eleitores. As intenções de voto em Feldmann têm oscilado nas pesquisas eleitorais mais recentes entre 1% e 2%. Com um tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio que não chega a um minuto, a campanha do PV vai apostar nas redes sociais na internet e em estratégias como o marketing viral. “Vou tentar cativar o eleitor pelas mídias alternativas e com eventos que chamem a atenção das pessoas, como apresentações de arte efêmera”, afirmou o candidato, sem revelar mais detalhes de sua estratégia.

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Feldmann conta também com a capilaridade recém conquistada pelo PV no Estado de São Paulo. No último ano, o número de diretórios municipais triplicou para quase 600. “Temos 10 mil militantes e 240 candidatos a deputados estaduais e federais que vão nos ajudar a divulgar a candidatura.” Outro ativo eleitoral, segundo ele, são os 30 mil membros da comunidade virtual “Minha Marina”, que tem ajudado a divulgar a candidatura de Marina Silva à Presidência da República e também dos candidatos aos governos estaduais. Feldmann disse que vai se esforçar para percorrer todas as regiões paulistas em sua campanha.

No lançamento de sua plataforma de governo, durante convenção estadual do PV hoje na Assembleia Legislativa, Feldmann defendeu a transição da economia paulista para o que ele chamou de economia com baixa intensidade de carbono, com ênfase no desenvolvimento do turismo e de polos culturais. “Ativos culturais e ambientais são geradores de trabalho e renda e podem criar toda uma economia paralela”, disse. Com origem no PSDB, Feldmann filiou-se ao PV em 2005. Foi deputado federal (1986-1998), candidato à Prefeitura de São Paulo (1996) e secretário estadual de Meio Ambiente no governo tucano de Mário Covas.

Senado

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O candidato paulista do PV ao Senado, o ex-presidente do Instituto Ethos Ricardo Young, afirmou que São Paulo é o único Estado no País que pode puxar essa transição econômica por conta de sua liderança em tecnologia e educação. “São Paulo liderou a economia do País nos dois ciclos industriais, de 1930 e de 1950, e agora tem capacidade de gerar uma nova economia, porque já desenvolve pesquisas neste sentido.” Young lembrou que São Paulo foi o primeiro Estado a estabelecer compras públicas com exigências socioambientais e também foi o primeiro a definir um corte de 20% nas emissões de gases que provocam o efeito estufa. “Se existe um Estado com capacidade para dar esse salto é São Paulo.”

A senadora Marina Silva teve uma participação rápida na convenção do PV hoje em São Paulo e não falou com a imprensa. De São Paulo ela seguiu para a convenção do PV no Rio de Janeiro, que vai oficializar a candidatura do deputado federal Fernando Gabeira ao governo do Estado.

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