O novo coordenador de campanha indicado pela candidata presidencial Marina Silva, Walter Feldman, disse na manhã desta quinta-feira, 21, ao Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, ainda esperar ter a participação de Carlos Siqueira na campanha presidencial. Em mensagem de texto, ele afirmou: “temos esperança”.

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Pouco antes, Feldman havia dito, em entrevista por telefone ao Broadcast Político, que todos, inclusive ele, Marina e o grupo da Rede Sustentabilidade esperavam que o secretário-geral do PSB voltasse ao posto de coordenação. “Ela (Marina) quer o Carlos, mas não pode impor essa condição ao PSB”, disse Feldman.

Ao mesmo tempo que Feldman dava essas declarações, Carlos Siqueira dizia, em Brasília, que não participará mais da campanha. “Da senhora Marina Silva eu quero distância. Não participo de campanha de Marina Silva. Ela não é do PSB”, disse um Siqueira claramente contrariado. Feldman ainda não tinha ciência das declarações dadas simultaneamente pelo secretário-geral do PSB.

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Desentendimento

Feldman classificou o que houve na quarta-feira, 20, como um desentendimento sobre quem deveria indicar a coordenação-geral de campanha. “Para nós, a indicação do cargo é do PSB. Carlos Siqueira ficou chateado porque ele achava que era da Marina. Estava tudo certinho, foi apenas uma questão de neurolinguística”, disse Feldman.

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Sobre possíveis atritos entre Rede e PSB, além dos demais partidos da coligação PPS, PPL, PRP, PHS e PSL, Feldman disse que houve conflitos naturais, dada a situação extraordinária de recomposição da chapa após a morte trágica de Eduardo Campos. “O pessoal ficou nervoso, mas nós vivemos um furacão, é natural.”

Segundo Feldman, as alterações na coordenação de campanha ficariam restritas a ele assumir a posição de coordenação-geral, idealmente ainda como par de Siqueira, e deslocar Bazileu Margarido para a coordenação administrativa e financeira. “Nessa questão contábil da tesouraria de campanha, precisava ser alguém próximo de Marina para assinar”, explicou Feldman sobre a indicação de Bazileu para o cargo. Segundo Feldman, por causa de uma questão burocrática, os documentos de prestação de contas levarão o CPF de Marina a partir de agora, e Bazileu passa a ser o coordenador financeiro enquanto o representante do PSB nessa coordenadoria, Henrique Fonseca, passa a adjunto.

As demais coordenadorias – todas exercidas por pares PSB/Rede – devem ser mantidas, disse Feldman. São elas: o ex-deputado federal Maurício Rands (PSB-PE) e a socióloga Neca Setúbal, na coordenação do programa de governo; o jornalista Alon Feuerwerker e o sociólogo Nilson de Oliveira, na coordenação de comunicação; o ex-vice-prefeito do Recife Milton Coelho e pela Rede, Pedro Ivo, na coordenação de mobilização. Na sexta-feira, 22, está prevista uma reunião no comitê nacional de campanha, em São Paulo, para reiniciar os trabalhos.