Fechamento de fundação é incerto, afirma presidente

Apesar das informações confirmando o fechamento da Fundação José Sarney, a direção da entidade afirmou que “nada está decidido” e que, uma eventual suspensão das atividades da entidade, dependerá ainda de decisão estatutária colegiada entre os membros da direção da entidade.

De acordo com o presidente da Fundação José Sarney, José Carlos Sousa e Silva, não “há nada concretizado” no que tange ao fechamento da entidade. “Essa é uma decisão do conselho e nada nos foi passado até agora”, afirmou o presidente. Do outro lado, quando questionado sobre a intenção do senador José Sarney em fechar a instituição, Silva foi taxativo. “Eu não comento intenções”.

Acervo

Independentemente do desfecho da Fundação, o atual presidente da entidade manifestou-se claramente preocupado com o destino do acervo guardado nos últimos 22 anos pelo senador José Sarney e que compõe o Museu da Memória Republicana. Pelos dados da Fundação, esse acervo é composto por pelo menos 200 mil documentos e 37 mil livros. “Vamos colocar esse material aonde? É um material histórico, da história da República Federativa Brasileira. Esse material não pode ir para o lixo”, assinalou Silva.

Com o fechamento da Fundação José Sarney, além de um eventual local para armazenar os documentos do presidente do senado, alguns projetos de inclusão social que beneficiam bairros periféricos de São Luís deverão ser suspensos, como o “Espaço de Fortalecimento da Vida Comunitária”, criado para a realização de encontros, seminários, congressos e reuniões de segmentos organizados da sociedade civil como a União de Moradores do Centro Histórico de São Luís e a Escola de Música do Bom Menino das Mercês, criada em 93 e que beneficia 600 alunos e 260 jovens músicos, com aulas de música, lanche e assistência social e médica.

Até esse ano, desde que foi criada na década de 90, a Fundação José Sarney teve seu funcionamento questionado apenas uma vez, em 2006, quando a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei de reincorporação do prédio do Convento das Mercês ao patrimônio do Estado. Esse projeto de lei, de autoria do então deputado estadual Aderson Lago (PSDB), um dos grandes adversários de Sarney no Maranhão, foi questionado na Justiça e derrubado meses depois. O Judiciário maranhense alegou que o projeto de lei era inconstitucional.

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