A prometida “faxina” no Ministério dos Transportes atingiu mais sete integrantes do governo. Foram demitidos ontem quatro funcionários do ministério e dois do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Na noite de ontem, o ministério confirmou à reportagem a demissão de mais um assessor da pasta, Eduardo Lopes.
Oficialmente foram afastadas 13 pessoas dos cargos desde o início da crise no setor. O número sobe para 14 com a demissão de Lopes, indicado pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).
A maioria dos afastados é ligada ao núcleo que comanda o PR, que integra a coalizão da presidente Dilma Rousseff e que dirige a pasta. As demissões foram acertadas na segunda-feira pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, com a presidente Dilma Rousseff diante da onda de denúncias de corrupção. O objetivo imediato do Palácio do Planalto com as demissões é minar um suposto esquema de desvios, montado ao longo de anos, que teria ligações próximas a dirigentes do PR.
A reportagem apurou que o ministro Paulo Passos prepara outro pacote de demissões para os próximos dias. Os alvos serão funcionários do Dnit de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. O Dnit do Rio também está na mira.
A crise nos Transportes começou há pouco mais de duas semanas, após reportagem da revista Veja revelar a existência de um esquema de corrupção na pasta. Logo em seguida, o governo anunciou o afastamento do diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, do presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, do chefe de gabinete do ministério, Mauro Barbosa, e do assessor Luiz Tito. Alfredo Nascimento não resistiu à pressão e pediu demissão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.