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Escândalo na Câmara será investigado pela Polícia Civil.

As denúncias de corrupção contra vereadores e funcionários da Câmara de Curitiba serão alvos de investigação do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Já nos próximos dias, o órgão público que instaurou inquérito, deve solicitar à Câmara todos os documentos dos contratos de publicidade da Casa. O objetivo é apurar se há indícios dos crimes de peculato, falsidade ideológica, contra as finanças públicas, sonegação fiscal e formação de quadrilha.

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Contratos, notas fiscais e fichas cadastrais da empresas de publicidade que prestaram serviços para a Casa e de todos os funcionários admitidos desde 2006 serão os documentos analisados. A investigação é consequência de denúncias veiculadas em uma série de reportagens produzidas pela RPC TV e jornal Gazeta do Povo, na qual os repórteres tiveram acesso a alguns desses documentos, comprovando que muitas das empresas contratadas eram ligadas direta ou indiretamente aos servidores e parlamentares.

Ilegalidade

O material ao qual os jornalistas tiveram acesso totaliza menos de 10% dos documentos referentes ao contrato firmado entre a Câmara e as empresas Oficina da Notícia e Visão Publicidade, responsáveis por gerir R$ 37 milhões entre 2006 e 2011. Isso porque parte dos serviços prestados pelas agências era terceirizada havendo, muitas vezes, contratação de empresas ligadas a vereadores e funcionários, cuja prática é ilegal. A Oficina da Notícia é de propriedade da jornalista Cláudia Queiróz Guedes, esposa do ex-presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso.

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