O presidente do partido, Rui Falcão, informou nesta sexta-feira, 24, não ter conhecimento da tentativa de diálogo que teria partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Falcão não quis comentar a aproximação alegando “não saber” da iniciativa.

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Outros dirigentes petistas, em contato com o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, disseram que não foram informados por Lula sobre as tratativas. Questionados sobre a repercussão da notícia dentro da legenda, um dirigente preferiu falar do “jeito de Lula” fazer política. “O Lula primeiro faz, depois comunica.”

Xico Graziano, ex-chefe de gabinete de FHC e atualmente assessor do Instituto que leva o nome do ex-presidente, tem tratado o tema com ironia nas redes sociais. “Se eu fosse o FHC topava conversar com Lula. Primeiro mandava ele pedir desculpas pela mentirada. Depois perguntaria: tá dormindo em paz?”, escreveu o assessor.

Graziano disse ainda que Lula deveria “se ajoelhar” para pedir perdão. “Receberam o País redondo e o esculacharam. Agora, na crise angustiante, se percebe a verdadeira desgraça que o lulopetismo deixou ao País. Fernando Henrique virou a grande referência da ética política da sociedade”, escreveu o tucano.

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A tentativa de diálogo por parte de Lula foi noticiada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, que informou que o petista autorizou que amigos em comum procurassem o tucano para abrir conversa sobre governabilidade. Em entrevista ontem no Rio de Janeiro, o ministro Jaques Wagner disse ver com bons olhos a possibilidade. “Eu aplaudiria muito se houver esse encontro, (mas) não para tratar de impeachment. O encontro de dois presidentes teria uma agenda muito superior a essa.”