São Paulo, 06/09/2014 – O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), afirmou neste sábado (6), em nota, que o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) deveria, “até pelo sobrenome que carrega, pelo menos manter a dignidade enquanto caminha para a irrelevância”.
A afirmação de Falcão foi em resposta a um vídeo postado por Aécio em conta na rede social Facebook em que comenta as acusações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de que políticos da base aliada receberam propina em contratos da estatal. Segundo o tucano, neto do ex-presidente Tancredo Neves, o Brasil acordou “perplexo” com as “mais graves denúncias de corrupção da nossa história recente.”
De acordo com o presidente nacional do PT, Aécio é “vitimado pelas lutas internas de seu partido e pelo descrédito junto ao povo brasileiro”. Por isso, afirmou Falcão, decidiu partir para a “agressão rasteira” contra o PT. Conforme Falcão, no vídeo, o candidato do PSDB a presidente demonstra “descontrole” e “faz coro a denúncias sem provas veiculadas pela imprensa a partir de um processo de delação premiada”. Na análise do presidente nacional petista, esse tipo de procedimento – a delação premiada – é suspeito.
“Por outro lado, é cômico ouvir alguém do PSDB falar em ‘dinheiro sujo da corrupção’ justamente às vésperas do julgamento do ‘mensalão mineiro’ e quando a imprensa nacional noticia um pesado esquema de corrupção nas obras do metrô de São Paulo. Sem esquecer, obviamente, do absurdo uso de dinheiro público para construir um aeroporto na fazenda de um parente do candidato”, afirma o comunicado assinado por Falcão.
Na avaliação do presidente do PT, a legenda não precisa de “subterfúgios para se manter no poder”. “Nossa luta é na rua, batalhando voto a voto a preferência dos eleitores. Se quer realmente nos ‘tirar do poder de forma definitiva’, como afirmou no vídeo, deve seguir o consagrado caminho do debate democrático de alto nível, e não usar acusações chulas e sem fundamento”, disse. Falcão disse ainda que as declarações de Aécio são analisadas pelos advogados da sigla para “as devidas providências jurídicas”.