Depois de ceder à pressão dos partidos aliados na Câmara e prorrogar por mais três meses o prazo para pagamentos de emendas parlamentares aprovadas em 2009, a presidente Dilma Rousseff teve de agir rápido para evitar nova crise entre seu governo e os parlamentares. Declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, feita por volta do meio-dia de quinta-feira (30), vinculava o atendimento do pleito dos deputados à suspensão de novas liberações de emendas dos parlamentares. Isso deixou o Congresso em pânico e as reações logo começaram a fazer eco no Palácio do Planalto.

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Cinco horas depois, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foi acionada pela presidente para desfazer o mal-estar causado pelo titular da Fazenda. Ideli assegurou que o governo vai fazer o empenho das emendas do ano passado. A expectativa é de que isso comece a ser posto em prática em agosto, embora a ministra não tenha precisado datas.

Cinco horas antes, numa declaração em que evitou responder a qualquer pergunta, Mantega afirmou: “A liberação de novas emendas fica postergada para depois da validade do decreto (30 de setembro)”. Mantega havia liderado no governo o grupo contrário à prorrogação dos prazos para a liberação das emendas de 2009 ainda não pagas, em torno de R$ 4,5 bilhões, conforme cálculos do Planalto.

Na tentativa de acalmar ainda mais o Legislativo, Ideli informou que o governo está fazendo um levantamento das emendas dos parlamentares que não foram eleitos. A ideia é que os valores das emendas deles sejam repassados para atender a pedidos de congressistas novatos.

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Essas emendas entrariam num pacote de obras nacionais e não em nome de um deputado específico. Para o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos mais atuantes no movimento que exigiu a prorrogação do prazo para o pagamento das emendas de 2009, se o governo começar a empenhar os valores das de 2010 a partir de agosto ou setembro, a base aliada considera-se atendida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.