O empresário Faisal Saleh assume a Secretaria de Estado do Turismo a partir de janeiro com o projeto de ampliar os destinos turísticos do Paraná, contribuindo para dinamizar a economia local.
Além da escolha e divulgação de novos locais, Saleh adianta que é preciso incrementar a infraestrutura de acesso e disponibilização de serviços nos destinos. E promete opções para incrementar o turismo durante a Copa do Mundo, em 2014.
O Estado – Além de Curitiba e Foz do Iguaçu, principais pontos turísticos do Estado hoje, para onde o setor do Turismo pode ser expandido?
Faisal Saleh – O litoral do Paraná, com a Ilha do Mel, e os Campos Gerais também são regiões tidas como prioritárias. Mas também temos a Rota do Café, dos Corredores das Águas, o Parque Nacional de Ilha Grande.
O que a gente percebe é que atualmente o Estado tem dez regiões turísticas e praticamente 200 secretarias municipais de turismo. O Estado tem que interagir de forma mais intensa com essas secretarias, o DNA turístico de cada cidade tem que ser de conhecimento da secretaria para uma gestão integrada de todos esses atrativos.
Muitas vezes o turista se desloca de Curitiba a Foz, mas poderia experimentar sensações no decorrer dessa viagem dinamizando e vitalizando a economia. Precisamos de contato com as demais secretarias do governo estadual, pela necessidade dos aspectos de infraestrutura, como sinalização turística adequada e fomento ao empreendedorismo. Queremos também mais representatividade junto ao governo federal.
OE – Com a Copa do Mundo, como o Paraná pode se beneficiar atraindo turistas para outras cidades fora da capital?
FS – A sede da Copa do Mundo no Paraná é Curitiba, mas é impossível não olhar para Foz do Iguaçu como subsede, da maneira como funciona o turismo internacional.
Quem vem ao Rio de Janeiro expressa vontade de conhecer as Cataratas do Iguaçu e a gente imagina que não vai ser diferente na Copa do Mundo. Dentro desse aspecto se desenvolve uma série de possibilidades, podendo fazer com que o turista saia de Curitiba para Foz contemplando outros atrativos do Estado.
OE – As estatísticas que constantemente colocam Foz do Iguaçu no topo dos índices de criminalidade chegam a atingir o turismo na região?
FS – Como cidadão de Foz, posso falar com propriedade que os piores momentos que Foz já experimentou são coisas do passado. A gente observa uma reversão com a atuação da Força Nacional e das polícias na região.
Prova disso é o crescimento real e vertical no turismo rodoviário. Tínhamos uma situação de quase caos que se reverteu, de famílias que deixavam de vir de carro.
Hoje temos 60% de ocupação de hotelaria nos períodos de baixa temporada, o que demonstra aumento do turista regional, além do internacional, que não sofreu nenhum decréscimo nos seus índices.
