O corpo sepultado no Cemitério Parque Iguaçu em Curitiba é mesmo do ex-secretário dos Esportes e ex-presidente da Banestado Leasing, Osvaldo Magalhães dos Santos. A identidade do cadáver exumado no final do ano passado a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito do Banestado da Assembléia Legislativa foi confirmada ontem em nota oficial divulgada no final da tarde pelo juiz federal da 2.ª Vara Criminal de Curitiba, Sergio Moro. Ele informou que recebeu anteontem os resultados do exame de DNA realizado pelos técnicos do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul.
Conforme a Justiça Federal, os fragmentos de ossos e dentes recolhidos por peritos da Polícia Federal e médicos do instituto gaúcho foram submetidos à necropsia pós-exumação, estudos antropométricos, análises odontológicas e exames de DNA. Osvaldo morreu em setembro de 1998 em acidente automobilístico na rodovia entre Palmeira e Curitiba.
A exumação foi proposta pelo relator da CPI do Banestado, deputado estadual Mário Bradock (PMDB). Os integrantes da Comissão passaram a suspeitar que Osvaldo não havia morrido depois de analisar a documentação fornecida pelo Instituto Médico Legal. Os deputados encontraram várias falhas no procedimento de identificação do corpo, que suscitaram a desconfiança de que o ex-secretário teria forjado sua morte. Osvaldo Magalhães dos Santos é apontado pelo Ministério Público como um dos envolvidos em operações irregulares da Banestado Leasing, ocorridos durante o governo de Jaime Lerner (PSB).
