A exoneração do ex-secretário Maurício Requião do cargo de assessor técnico do gabinete do então senador Roberto Requião, em 2000, por meio de um ato secreto, ocorreu quando ele estava iniciando a campanha eleitoral para a prefeitura de Curitiba.
Maurício foi exonerado três meses antes da eleição de 2000, como prevê a legislação eleitoral. O ato foi assinado pelo ex-diretor do Senado Agaciel da Silva Maia, investigado em uma série de medidas irregulares baixadas pelo Senado.
De acordo com a assessoria do governador, não havia motivo para que a exoneração de Maurício fosse revestida de sigilo. Segundo a assessoria, deve ter havido equívoco da direção geral do Senado, já que a nomeação de Maurício foi anunciada por Requião, durante um discurso em plenário. E conforme a assessoria, se a nomeação foi pública, não haveria razão para a dispensa ser secreta.
À época, Requião justificou a contratação do irmão como assessor do seu gabinete pela necessidade de ter um auxiliar que dominasse os conhecimentos da área de educação.
Quando exerceu mandato como deputado federal, Maurício foi vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e um dos relatores da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Maurício Requião foi deputado entre 1995 e 1998. Atualmente, aguarda o julgamento de ação sobre sua posse como conselheiro do Tribunal de Contas.