O Exército afirmou hoje, por meio de uma nota, que a empresa contratada para fazer a reforma do Palácio do Planalto executou os serviços com preços coerentes com tabelas de referência. A manifestação surge após a revista Veja afirmar, na edição desta semana, que as obras do Palácio do Planalto, entregues em agosto de 2010, foram superfaturadas e que o governo sabia disso. De acordo com a revista, nota técnica da Secretaria de Controle Interno, de outubro de 2010, chamava a atenção para o fato de que o custo do empreendimento havia sido de R$ 112 milhões, bem acima dos R$ 78 milhões previstos na época da licitação.
Na nota, o Exército afirma que o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou três auditorias na obra de reforma do Planalto: em julho de 2009, outubro de 2009 e outubro de 2010. Em nenhuma delas foi constatado sobrepreço. De acordo com o Exército, todas as inconsistências apontadas pelo TCU foram corrigidas pela empresa Porto Belo Construções, responsável pelo empreendimento.
O Exército afirma ainda haver pendências em relação às obras, como correções no tanque de água de chuva e no espelho d’água do Palácio. Enquanto tais correções não forem concluídas, o Exército não pagará os R$ 290 mil que ainda restam para a empresa.
Dnit
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também divulgou nota para responder à reportagem da revista. No texto, o Dnit informa que seu diretor, Jorge Fraxe, não teve nenhuma participação nas obras realizadas no Palácio do Planalto. O departamento informou ainda que as obras foram realizadas pela Diretoria de Obras Militares do Exército. Fraxe, na época, comandava a Diretoria de Obras de Cooperação.