Dois executivos da Andrade Gutierrez, entre eles o ex-presidente Rogério Nora de Sá, afirmaram nesta terça-feira, 7, ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) recebeu R$ 2,7 milhões em propinas da empresa. O valor seria referente a 1% do valor das obras de terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O peemedebista está preso desde novembro de 2016.

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“Foram pagos R$ 2,7 milhões referentes a nossa participação. Esse pagamento era efetuado pelo Alberto Quintaes com recursos de caixa 2 que ele pegava junto com o diretor financeiro da empresa”, afirmou Nora de Sá, ouvido como testemunha de acusação do Ministério Público Federal contra o peemedebista. Segundo ele, o pedido de Cabral foi feito no Palácio da Guanabara, sede do governo fluminense.

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Sérgio Cabral se tornou réu em ações penais abertas no Rio, decorrente da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato deflagrada em 17 de novembro, e em Curitiba. No processo aberto por Moro, o peemedebista é acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Além do Comperj, Nora de Sá e o executivo Alberto Quintaes, também ouvido por Moro nesta terça, confirmaram que toda obra da empreiteira no Rio tinha um porcentual de propinas para Cabral, que chegou a ser de 7% do valor do contrato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.