A Executiva estadual do PT aprovou ontem a coligação com o PL no Paraná, atendendo a exigência da cúpula nacional do partido. Foram dez votos favoráveis à aliança, apenas um contrário e uma abstenção.
Com esta decisão, o PT derrubou a votação realizada no último dia 15, na convenção partidária, quando a coligação com os liberais havia sido rejeitada. A aliança deverá ser oficializada até sexta-feira, prazo máximo dado pelas executivas nacionais dos dois partidos para que os Estados superem as divergências.
No Paraná a principal dificuldade para a aliança era a proximidade do PL com o senador Álvaro Dias (PDT), pré-candidato ao governo do Estado, além da ligação dos partidos com religiões distintas – o PT é ligado à Igreja Católica, enquanto o PL à Universal do Reino de Deus.
Decisão
Segundo o presidente estadual do PT, André Vargas, o PL ainda não pleiteou oficialmente uma vaga na chapa petista, que terá o deputado federal padre Roque Zimmerman como candidato ao governo do Estado. Os nomes do partido ao Senado também já foram aprovados (deputado federal Flávio Arns e o advogado Edésio Passos). “Eles deverão oferecer o nome do vice, mas ainda não temos nomes. O PL não está exigindo nada, mas nosso diálogo é para que ele indique o melhor nome possível”, explicou Vargas. “Vamos ouvir o Roque também, para que seja escolhido alguém que tenha afinidade com ele.”
A decisão tem que sair até domingo. Vargas afirmou que está satisfeito com a aliança entre os dois partidos “Considero fundamental a indicação do José Alencar como vice do Lula. A eleição mais importante é a nacional e a união de um grande empresário com um sindicalista é algo novo e inusitado, e para isso a aliança no Estado é válida. Acredito que esta união vem consolidar a candidatura de Lula para mudar o Brasil”, opinou Vargas.
