O excesso de pessoas pode ter sido uma das causas para a queda do palco onde estava o governador Roberto Requião (PMDB), hoje, no município de Paiçandu, no noroeste do Estado. Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas, entre elas o governador, que sofreu uma luxação no pé esquerdo.

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Aparentemente, uma das vigas de sustentação do palanque não suportou o peso e entortou, fazendo com que a estrutura viesse abaixo. Em frente ao palco estava o delegado de Paiçandu, José Nunes Furtado, a quem caberá a tarefa de investigar o ocorrido. Segundo ele, a princípio foi observado que faltavam palanques de sustentação em alguns intervalos.

Interrogado, o técnico responsável pela instalação da estrutura afirmou que lhe foi dito que não haveria muitas pessoas. “Ele falou que seria para umas 40 pessoas”, destacou o delegado. “Tinha mais pessoas que isso.” Apesar de, segundo Furtado, apenas 70% do palco estar ocupado. “Vou apurar as responsabilidades pela negligência”, afirmou.

A estrutura foi encomendada pela prefeitura de Paiçandu. A chefe de gabinete, Eliana Calçado, confirmou que não havia mesmo previsão de muitas pessoas sobre o palco. “Mas o cerimonial chamava uma e subiam três ou quatro juntos”, disse. “E houve uma aglomeração, uma multidão em volta do governador.”

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A Casa Militar do governo do Estado disse que foi feita uma inspeção prévia e a estrutura liberada. O órgão estadual afirmou, em nota da assessoria de imprensa do governo, que, no momento da queda, não havia número excessivo de pessoas no palco.

O palco, com cerca de três metros de altura, foi montado em uma praça no centro da cidade. Nele, deputados federais e estaduais, secretários de Estado e outras autoridades subiram para uma solenidade de entrega de 69 ônibus escolares para 29 municípios que fazem parte da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).

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Os ferimentos mais comuns foram cortes na cabeça, braços e pernas. Por volta das 13 horas, todos os feridos já tinham sido medicados. Entre as autoridades que precisaram de atendimento hospitalar estavam o secretário de Estado do Planejamento, Ênio Verri, com dores na perna, o deputado estadual Nereu Moura, com corte na cabeça, e o deputado federal Odílio Balbinotti, com luxação no ombro.