O senador Flávio Arns assinou nesta manhã a ficha de filiação ao PSDB. Em meados de agosto, o parlamentar anunciou que deixaria a legenda pela qual foi eleito em 2002, o PT, alegando não concordar com o apoio dado pelo partido à permanência de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado. Com a entrada de Arns, o PSDB passa a ser a segunda maior bancada da Casa, com 15 senadores, atrás apenas do PMDB, que tem 17 senadores.
Arns foi filiado ao PSDB por treze anos, até que, em 2001, fez o caminho inverso: de tucano, virou petista. Na época, negou-se a retirar a assinatura do requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção, que investigaria supostas irregularidades na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e desembarcou do grupo tucano.
“Neste momento tenho absoluta certeza de que o PSDB já amadureceu. Conheço as lideranças do partido e tenho absoluta convicção de que essas pessoas têm compromisso com a bandeira da ética”, disse o senador, hoje, ao responder a uma pergunta sobre sua saída do PSDB anos atrás.
O ato de assinatura da nova filiação de Arns ao partido tucano aconteceu nesta manhã na sala da Secretaria da Comissão de Relações Exteriores, no Senado. Arns pretende se candidatar a um novo mandato de senador pelo Paraná. Para isso, terá que disputar esse espaço, dentro do próprio partido, com o deputado tucano Gustavo Fruet, que já declarou o desejo de ser candidato ao Senado.
O senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, disse à Agência Estado que esse assunto ainda não está definido no Paraná e que a primeira preocupação do partido é a de escolher um candidato a governador. “A escolha do candidato (do PSDB) ao Senado está em segundo plano”, afirmou.
