O jornalista Ricardo Melo, exonerado da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 18, para pedir a suspensão da medida tomada pelo presidente em exercício Michel Temer. O relator do caso será o ministro Dias Toffoli.

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Na peça, a defesa de Melo afirma que a sua exoneração, publicada no Diário Oficial da União de terça-feira, 17, foi um “ato arbitrário, abusivo e ilegal”. O advogado argumenta que EBC é uma empresa pública, não estatal, e que por isso o mandato do presidente da instituição é fixado em quatro anos, independentemente de quem assuma o governo.

“É nesse sistema público que a EBC busca atuar. E, por tal razão, a sua atuação deve ser desvinculada de governos, garantindo que as missões estabelecidas pela legislação de regência sejam buscadas com independência daqueles que estiverem na chefia do Poder Executivo”, diz a peça.

O jornalista foi exonerado do cargo na terça-feira. Ele havia sido nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff em 3 de maio e tomou posse no dia 10, um dia antes de o Senado começar a votação pela admissibilidade do processo de impeachment.

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A diretoria executiva da EBC já havia se manifestado na sexta-feira contra a possível exoneração de Melo e afirmou, em nota, que o mandato de quatro anos do diretor-presidente era garantido em lei. No sábado, o Conselho Curador da EBC também se posicionou a favor da garantia do mandato do diretor-presidente da empresa por quatro anos, conforme previsto em lei.

Para o novo governo de Temer, a TV pública vinha sendo usada em benefício de um partido, o PT, e era preciso “despolitizar” a programação. Outra justificativa é orçamentária. A EBC seria deficitária e a antiga direção estaria resistindo a enxugar custos.

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