Na despedida da presidência da Assembleia Legislativa do Paraná, hoje à tarde, o deputado Nelson Justus (DEM) quebrou o protocolo e decidiu discursar da tribuna da Casa para fazer um desabafo, particularmente contra a imprensa. Acabou interrompido por vaias que vieram de parte dos convidados que ocupavam as galerias da Casa por duas vezes. O deputado Caito Quintana (PMDB), que presidia a sessão naquele momento, foi obrigado a intervir e pedir que as manifestações fossem contidas.

continua após a publicidade

Denunciado pelo Ministério Público do Estado por improbidade administrativa em razão de ter sido considerado omisso no caso de contratação de funcionários fantasmas por despachos secretos, Justus culpou a imprensa, dizendo que uma parte dela usou de mentiras para “atingir objetivos nada nobres”. Ele alegou que não poderia ler todos os diários à procura de falhas.

“Reitero minha confiança na Justiça e na apuração de toda e qualquer irregularidades que tenham sido cometidas”, disse. As vaias começaram quando afirmou que todos os deputados foram aprovados pela lei eleitoral (Ficha Limpa) e pelos eleitores e quando começou a citar o que considera avanços de sua gestão, entre eles o corte de cargos comissionados.

Logo após a posse, o deputado Valdir Rossoni (PSDB) foi eleito presidente da Assembleia Legislativa por 47 votos. Os seis deputados do PT abstiveram-se de votar, enquanto o deputado Ney Leprevost (PP) não participou da sessão por problemas de saúde. A sessão contou com a presença, entre outras autoridades, do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que terá maioria folgada na Casa, do vice-governador Flávio Arns (PSDB), do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Celso Rotoli de Macedo, e do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB).

continua após a publicidade