A juíza substituta da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, Caroline Vieira Figueiredo, abriu nesta quarta-feira, 10, mais três ações penais contra o ex-governador Sérgio Cabral. Condenado a 87 anos de prisão, o peemedebista agora passa a ser réu pela vigésima vez na Operação Lava Jato.
Em uma das denúncias, oferecida na última quinta-feira, 4, o peemedebista foi acusado de cobrar propinas em obras realizadas pela construtora Oriente.
Também foram denunciados o diretor da construtora, Geraldo André de Miranda Santos, o coordenador de licitações Alex Sardinha da Veiga, o ex-secretário de obras, Hudson Braga e o suposto operador do esquema de corrupção Wagner Jordão.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ao menos entre os anos de 2010 e 2014, por seis vezes, Sérgio Cabral, através de Braga e Jordão, “de forma livre e consciente, em unidade de desígnios, solicitou, aceitou promessa e recebeu vantagem indevida (calculada, como regra geral, em 1% do valor faturado relativo às contratações realizadas) de Alex Sardinha da Veiga e Geraldo Miranda”.
Em outra ação penal, Sérgio Cabral passa a responder criminalmente, por supostas propinas dos consórcios que administram o serviço de Poupa Tempo do Rio. Segundo o MPF, o ex-secretário Carlos Bezerra “atuava recebendo e controlando os valores de propina advindos do empresário George Sadala, dono da empresa Gelpar Empreendimentos e Participações LTDA, uma das maiores contratadas pelo Estado do Rio de Janeiro no ramo dos serviços de ‘POUPA TEMPO’, tendo recebido do governo estadual, apenas entre os anos de 2009 e 2013, o montante de R$ 32.412.276,06”.
Já a outra denúncia é relativa a supostas propinas de R$ 1,5 milhão solicitadas pelo ex-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner Pereira “angariada e distribuída pela organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral, mediante orientação e anuência deste e entrega feita por Luiz Carlos Bezerra”.
Defesa
A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-governador, mas ainda não obteve retorno.