No momento em que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ayres Britto, afirmava em entrevista que as eleições municipais ocorriam em clima de tranqüilidade, o ex-governador de Sergipe João Alves (DEM) era detido por policiais militares em Aracaju, sob acusação de fazer boca-de-urna, o que é proibido pela legislação eleitoral.
Segundo um assessor do ex-governador, quando fazia uma caminhada pela cidade ao lado do candidato do DEM à prefeitura da capital sergipana, Mendonça Prado, Alves foi cumprimentado por populares. Nesse momento, quatro carros da PM pararam no local e um major deu ordem de prisão. O candidato do DEM também foi detido, mas liberado logo depois.
O mesmo assessor contou que os policiais apreenderam documentos de jornalistas e teriam ignorado a presença do governador Marcelo Deda que passava em carreata no mesmo local. O governador petista acompanhava o prefeito Edvaldo Nogueira, do PC do B, candidato à reeleição com apoio de Deda.