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Ex-executivos da Eletronuclear são denunciados

A força-tarefa da Lava Jato no Rio denunciou nesta quarta-feira, 22, cinco ex-executivos da Eletronuclear, já presos preventivamente, e dois sócios da VW Refrigeração pela suposta lavagem de R$ 2,38 milhões. O caso é um desdobramento da Operação Pripyat, deflagrada no ano passado, para aprofundar as investigações de corrupção e lavagem de dinheiro na construção usina de Angra 3.

Os sete denunciados são acusados de movimentar e dissimular a origem de recursos destinados às obras da usina. O MPF diz que foram feitos pelo menos 27 saques não identificados e depósitos entre 2010 e 2016 na conta dos executivos. Ele já tinham sido denunciados anteriormente por corrupção e lavagem de dinheiro. A nova denúncia ocorre com os desdobramentos das investigações.

Inicialmente, o MPF acreditava que o esquema de lavagem de dinheiro entre a construtora Andrade Gutierrez e a VW atendia apenas ao ex-superintendente de construção da Eletronuclear José Eduardo Costa Mattos. Mas agora os procuradores dizem que a ação ilegal também beneficiava os ex-dirigentes Edmo Negrini (Administração e Finanças), Luiz Soares (diretor técnico), Luiz Messias (Superintendência de Gerenciamento de Empreendimentos) e Pérsio José Gomes Jordani (Planejamento, Gestão e Meio Ambiente).

Além deles, foram acusados os empresários Marco Aurélio Barreto e Marco Aurélio Vianna, sócios da VW Refrigeração. A empresa que teria ainda como “sócio oculto” Costa Mattos, diz o MPF. Os sete já tinham sido denunciados na primeira fase da Pripyat acusados de receberem propina da Andrade Gutierrez.

Defesas

O advogado de Messias, Paulo Freitas Ribeiro, afirmou que ainda não teve acesso à denúncia. Ressaltou que seu cliente sempre negou qualquer irregularidade. O advogado de Pérsio Jordani, Andre Perecmanis, informou que seu cliente nunca teve nenhuma relação com a VW. Disse que apresentará nos próximos dias um laudo que aponta a regularidade nas movimentações financeiras dele.

A defesa de Amorim Soares e Costa Mattos não retornou as ligações. A reportagem não localizou os advogados de Edno Negrini, Marco Aurélio Barreto e Marco Aurélio Vianna. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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