O juiz Sérgio Fernando Moro, da 2.ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, determinou ontem a prisão preventiva do ex-diretor de Câmbio e ex-vice-presidente do Banestado Aldo de Almeida Jr. Ele foi preso pela Polícia Federal por volta das 13h no seu escritório de advocacia, que fica no edifício Wawel, na praça Osório, em Curitiba.
De lá, o ex-diretor do Banestado foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem do Departamento Penitenciário do Estado, no Ahú. O advogado do acusado, Alcides Bitencourt Pereira, afirmou que entrará com novo pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, em Porto Alegre.
Acusação
Almeida Jr. está sendo acusado, em ação penal que tramita na Justiça, de ser um dos responsáveis pelo esquema de remessa ilegal de US$ 1,9 bilhão ao exterior por meio das chamadas contas CC5. Ele já havia sido preso no dia 3 de fevereiro, mas acabou sendo solto no dia 26 do mesmo mês por meio de habeas corpus concedido pela 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.
O pedido do juiz Sérgio Moro tomou como base “a garantia da ordem pública e econômica para assegurar a aplicação da lei penal e por conveniência da instrução probatória, com base no Artigo 311 do Código de Processo Penal”. Moro cita, entre outros motivos, o envolvimento do acusado na destruição de provas para o processo.
Segundo informações da Polícia Federal (PF), foram colhidas novas provas relacionadas ao mesmo processo em que havia sido decretada a prisão do acusado anteriormente. Os outros acusados respondem ao processo em liberdade. Até ontem, fora Aldo Almeida, não havia sido decretada a prisão preventiva de nenhum deles.
