Em uma acareação promovida ontem pela CPI da Copel, ex-diretores e ex-funcionários da empresa afirmaram que apenas obedeceram às ordens do ex-presidente da estatal e ex-secretário da Fazenda, Ingo Hübert, na compra de R$ 39,6 milhões de créditos tributários da empresa falida Olvepar. De acordo com os deputados integrantes da CPI, além de Hübert, também foram apontados como co-responsáveis pela operação o ex-secretário de governo, José Cid Campêlo Filho, e o conselheiro do Tribunal de Contas Heinz Herwig.
Campêlo foi o responsável pelo decreto autorizando a aquisição dos créditos e Herwig emitiu o parecer favorável à operação no TC. Os depoimentos foram prestados pelos ex-diretores Mário Bertoni e Ricardo Portugal Alves e os contadores André Grochewski Neto e Cezar Antônio Bordin. Também foi ouvida pela CPI a ex-funcionária Hortênsia Tardelli.
Conforme os deputados, ex-funcionários e ex-diretores disseram que a posição que ocupavam na empresa não recomendava que contestassem as opiniões de Hübert, ainda mais quando estavam respaldados por pareceres da secretaria do governo e do TC. O ex-secretário da Fazenda e o conselheiro do TC serão convocados a depor no próximo semestre. A CPI pediu prorrogação de prazo por mais sessenta dias.