O ex-diretor administrativo da Assembleia Legislativa (AL), José Ary Nassiff permanecerá preso no quartel da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba. O juiz Aldemar Sternard, da Vara de Inquéritos Policiais acatou, ontem, o pedido de prorrogação por mais cinco dias da prisão temporária de Nassiff, decretada no último sábado, durante a operação Ectoplasma 2, do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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Nassiff já havia sido preso no dia 24 de abril, mas foi liberado na última semana graças a um habeas corpus. Além de Nassiff, seguem presos outros dois ex-diretores da AL, Abib Miguel, que ocupava a diretoria-geral, e Cláudio Marques da Silva, ex-diretor de pessoal.

Os três são acusados de peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, por participarem de esquema que usava laranjas e funcionários fantasmas para desviar dinheiro público da Casa.

Só em salários pagos a familiares (que nunca trabalharam na AL) do ex-funcionário João Leal de Matos, foram desviados, segundo o Ministério Público R$ 13 milhões.

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Na operação do último sábado, que resultou na nova prisão de Nassiff, um outro núcleo foi desmantelado pelo Gaeco. Nove pessoas foram presas acusadas de participar de esquema semelhante, mas liberadas depois de ouvidas.

“Neste caso, por se tratar de mais pessoas, acreditamos que o desvio superou os R$ 13 milhões”, disse o procurador de Justiça Leonir Batisti. A Justiça já aceitou denúncia contra os ex-diretores da AL que, se condenados, podem receber uma pena que varia de 42 a 297 anos de prisão.

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