O ex-deputado estadual José Riva (PSD) conseguiu um habeas corpus para responder em liberdade às acusações de comandar esquema de desvios na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, mas terá de usar uma tornozeleira eletrônica. Na terça-feira, 23, o Supremo Tribunal Federal decidiu libertá-lo, mas a juiza Selma Rosane, da 7ª Vara Criminal, ordenou que ele terá de ser monitorado eletronicamente.

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Riva, que responde a mais de cem processos na Justiça, estava preso desde fevereiro, quando foi preso pela Operação Imperador, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acusado de ser o líder de uma quadrilha que teria desviado R$ 62,2 milhões da Assembleia Legislativa do Estado.

A juiza Selma Rosane, responsável pela prisão do ex-deputado, não escondeu a contrariedade com a decisão do Supremo de libertá-lo. Ela afirmou que, em seu entendimento, o réu deveria permanecer preso mas que não lhe é dado “descumprir ordem da Suprema Corte”. Ela relembrou que Riva responde a mais de cem ações cíveis e criminais por crimes “semelhantes aos quais ele é acusado agora”, diz a magistrada em um trecho do seu despacho no qual avaliou o cumprimento da sentença.

Na saída da audiência, o ex-deputado declarou mais uma vez que é inocente. “Sei que não devo isso. Farei tudo para provar que eu não devo”, afirmou Riva.

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