O ex-assessor do PP João Claudio Genú, envolvido no escândalo do mensalão, foi alvo dos mandados de busca e apreensão cumpridos na terça-feira, 14, pela Polícia Federal no âmbito na Operação Politeia.
Endereços referentes à casa e empresas de Genú, em São Paulo e em Brasília, estão entre os 53 alvos de mandados cumpridos pela PF em Brasília, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. A Operação Politeia é a primeira fase dos desdobramentos da Operação Lava Jato referente aos inquéritos que correm junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
João Cláudio Genú foi assessor do ex-deputado federal José Janene (PP) e é acusado de ter efetuado pagamentos a deputados do PP em troca de apoio para manutenção de dirigentes da Petrobras. A PF apura a ligação de Genú com Youssef e com o doleiro Carlos Habib Chater, doleiro que comandava o esquema no “posto da Torre” em Brasília. O advogado de Genú, é procurado desde terça-feira, mas a reportagem não conseguiu contato.
Politeia
Politeia, em grego, faz referência ao livro “A República”, de Platão, que descreve uma “cidade perfeita”, na qual a ética prevalece sobre a corrupção.
De acordo com a PF, as ações foram deflagradas esta semana com o objetivo de “evitar que provas sejam destruídas pelos investigados”. As ações foram autorizadas pelos ministros Teori Zawascki, Celso de Mello, e Ricardo Lewandowski, todos do STF.
As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em seus endereços funcionais, escritórios de advocacia, órgãos públicos e sedes de empresas, como a sede do canal de TV controlado por Collor, em Alagoas.