O ministro das Relações Exteriores, José Serra, escolheu o experiente diplomata Marcos Galvão como secretário-geral do Itamaraty, numa demonstração de que os temas comerciais e econômicos serão sua prioridade. Galvão havia sido o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda sob a gestão de Guido Mantega e foi o principal negociador do Brasil no G-20, no auge da crise mundial. Foi seu trabalho nos bastidores que permitiu ao País ter uma voz de peso na redefinição das regras do sistema financeiro internacional.

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Além de passar por cargos importantes em Brasília, ele ainda serviu na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Assunção, em Londres, foi ministro-conselheiro e Encarregado de Negócios na embaixada do Brasil em Washington e embaixador no Japão até 2013. Galvão estava havia dois anos em Genebra como embaixador do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Inicialmente, a ideia de Serra era dividir a Secretaria-Geral em dois cargos, com Galvão se ocupando mais da área econômica e comercial, enquanto Sérgio Danese ficaria com a parte administrativa e política. Mas, depois de um fim de semana de negociações, Danese será nomeado como embaixador em Buenos Aires.

A escolha do ex-embaixador do Brasil na OMC tem ainda a função de proteger Serra de críticas internas, numa instituição pouco acostumada a ver alguém de fora da carreira assumir o cargo máximo de chanceler. O último foi Celso Lafer, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.

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Há a expectativa de que o novo vice-ministro toque de fato o Itamaraty por causa da agenda atribulada de Serra com a crise política e as eleições em 2018. Pessoas próximas ao gabinete de Serra, porém, negam e apontam que o tucano terá “pleno comando” da pasta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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