A CPI da Petrobras do Senado abriu nesta terça-feira, 27, a reunião para ouvir a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela deverá falar, entre outros assuntos, sobre a operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). É a terceira vez desde o início de abril que a dirigente fala no Congresso.

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A oposição adotou a mesma estratégia dos depoimentos anteriores na CPI, quando não compareceu para ouvir o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Foi Cerveró o responsável por elaborar o resumo executivo que embasou a compra de metade de Pasadena. Em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo em março, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o resumo de Cerveró estava incompleto e, se tivesse tido acesso a todas as cláusulas, não teria aprovado a compra da refinaria.

Na Câmara, Graça Foster afirmou que à luz dos dados atuais a compra de Pasadena não foi um bom negócio. Ela defendeu, no entanto, que a aquisição se inseria numa estratégia de expansão internacional da companhia. O projeto para a refinaria texana, segundo Graça, era “muito razoável” do ponto de vista econômico.

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O plenário da comissão conta com mais senadores do que o comum nas reuniões anteriores. Estão na sala de reunião o presidente, o vice-presidente e o relator da CPI, respectivamente, Vital do Rêgo (PMDB-PB), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e José Pimentel (PT-CE), e os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Aníbal Diniz (PT-AC) e Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM), e o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). A sala está cheia de jornalistas e assessores.

Graça entrou na sala da CPI às 10h30. Antes disso, a CPI aprovou requerimentos, entre eles a de convocação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, solto na semana passada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Os oposicionistas apostam na instalação da CPI mista da Petrobras amanhã para deslanchar as investigações de denúncias que envolvem a estatal. A avaliação é que, com a participação de deputados, a apuração poderá ser menos blindada pelo governo.