A discussão sobre a situação do Parque Nacional do Iguaçu, na região Oeste do Estado, e o impasse da Estrada do Colono deve se estender. Ontem, durante um encontro em Curitiba, ficou decidido que um projeto mais detalhado sobre a área deverá ser elaborado, antes da proposta inicialmente concebida ser apresentada oficialmente ao governo do Estado.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, o gerente executivo do Ibama no Paraná, Marino Elígio Gonçalves e os representantes da Comissão Estadual da Assembléia Legislativa participaram do encontro com o deputado federal Assis Miguel do Couto (PT-PR), relator da Câmara Externa dos Deputados, criada para averiguar a situação da área. Na reunião, foi apresentado um pré-relatório sobre a questão e também a proposta para revitalização do Parque Nacional.

Segundo a proposta, criada pelo ambientalista Célio Claret, haveria a construção de um ?eco-viaduto? de 17,6 quilômetros de extensão no traçado da Estrada do Colono. A via passaria a seis metros de altura do solo. A Estrada corta o Parque Nacional, ligando os municípios de Capanema e Serranópolis, e foi fechada pela primeira vez em 1986, por questões ambientais.

A administração do Parque defende que a Estrada seja fechada para não acarretar mais danos à flora e fauna do local, mas por outro lado, as comunidades próximas ao trajeto reclamam de problemas econômicos e sociais que essa decisão poderá causar. Outro item da proposta é a implementação de políticas de revitalização do entorno do Parque, entre elas o incentivo à agricultura orgânica.

A assessoria da Sema, informou que o secretário só deve apresentar a iniciativa ao governador assim que o projeto seja totalmente concluído e comprove que não haverá nenhum impacto ambiental para a área.

O gerente do Ibama, Marino Gonçalves também destacou que a entidade só se manifestará sobre o caso após a finalização oficial do projeto. ?O Ibama não se posicionou porque a proposta precisa ser oficializada pelo Estado. Aguardamos a elaboração do ante-projeto, com dados mais substanciais para vermos as medidas técnicas a serem tomadas?, explicou.

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