Na entrevista coletiva que concedeu há pouco para falar que os chefes do Executivo, da Câmara e do Senado vão barrar qualquer tentativa de anistia ao caixa 2, o presidente Michel Temer disse que está “examinando com muito cuidado” o perfil de quem irá ocupar a Secretaria de Governo, no lugar de Geddel Vieira Lima, que pediu demissão na sexta-feira, 25. No seu entender, é preciso alguém com “lisura absoluta” e com bom trânsito no Congresso Nacional para fazer a articulação política de seu governo.

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Indagado sobre a demora do executivo em definir a situação de Geddel, após as denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, Temer admitiu que “talvez se (Geddel) tivesse saído antes poderia ser melhor”, mas destacou que o desenrolar desse imbróglio não deve causar prejuízos ao governo. Na sua avaliação, o episódio Geddel/Calero ganhou uma “dimensão extraordinária”.

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Na coletiva, Temer defendeu seu ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, dizendo que neste imbróglio ele apenas fez o que ele próprio disse: em caso de conflito, deve-se procurar a Advocacia Geral da União para arbitrar o caso. E destacou que não há necessidade em se falar em eventual demissão de Padilha.

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Ainda na entrevista, o presidente da República disse que “aproveitando a gravação clandestina (que seu ex-ministro da Cultura disse que fez), talvez façamos do limão uma limonada institucional”. E anunciou que considera solicitar ao Gabinete de Segurança Institucional (GBI) que passe a gravar todas as audiências públicas em que ele esteja presente – e disponibilizar os áudios para acesso público.