O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atacou nesta quarta, 19, o adiamento do congresso do PMDB para novembro. Rompido com o governo, o peemedebista reiterou que defenderá o fim da aliança, mas contava com a reunião em setembro. “Na prática, estão empurrando com a barriga”, criticou.
Cunha deixou claro que é contra o adiamento do encontro do partido para daqui a três meses. “Marcaram para muito tarde”, reclamou. O presidente da Câmara gravou sua participação nas inserções para rádio e TV e em setembro gravará para o programa partidário. “Foi uma fala genérica sobre a Câmara”, contou.
Questionado sobre a necessidade de melhora na relação entre governo e Congresso, Cunha disse que está “sempre disposto ao diálogo” para melhorar o ambiente, principalmente na área econômica. “Tanto que ontem vários setores vieram aqui discutir a reoneração e a gente participou da discussão. A gente está sempre aberto para o debate”, declarou.
Ele comemorou a aprovação do projeto que altera a remuneração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Pela primeira vez se vota um projeto que beneficia o trabalhador para ele ter o mínimo de perda”, comentou.
Hoje, o plenário da Casa votará em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Aos jornalistas, o peemedebista – que é favorável à mudança na Constituição – disse que já não há mais espaço para debate sobre o tema no plenário e que dificilmente os parlamentares mudarão o voto.